sexta-feira, 25 de março de 2011

Aspectos sensoriais e cognitivos do controle postural Sensorial and Cognitive Aspects of Postural Control

Regiane Luz Carvalho1, Gil Lúcio Almeida2

RESUMO

A estabilização postural depende de mecanismos periféricos
relativamente simples assim como de mecanismos complexos
envolvendo altos níveis de função cognitiva e integração sensório-
motora. A teoria de controle baseada em respostas reflexas
hierarquicamente organizadas tem cedido lugar a uma visão sistêmica
que enfatiza a múltipla organização e interação neural.
È tema de discussão a forma de organização das informações
sensoriais e do processamento cognitivo e sua relação com a
elaboração das estratégias motoras. Buscando responder a estas
perguntas este artigo revisa estudos que abordam aspectos biomecânicos,
sensoriais e cognitivos do controle postural.

Unitermos: Equilíbrio Musculosquelético. Limiar
Sensorial. Postura.

Citation: Carvalho RL, Almeida GL. Aspectos sensoriais e cognitivos
do controle postural.

SUMMARY

The postural stabilization are subserved by multiple sensory and
motor mechanisms, ranging from relatively simple, peripheral
mechanisms to complex ones involving the highest levels of cognitive
function and sensory-motor integration. The reflex/hierarchical
concept of postural control has changed to a systems
approach, which emphasizes a goal-directed neural organization
of multiple, interacting systems. However, there is some discussion
about how sensory information and cognitive processing
are organized to control balance. To answer these questions, this
paper reviews the biomechanics, sensorial and cognitive aspects
of postural control.

Keywords: Musculoskeletal Equilibrium. Sensory
Thresholds. Posture.

Citation: Carvalho RL, Almeida GL. Sensorial and Cognitive
Aspects of Postural Control.

Trabalho realizado na Universidade Estadual de Campinas/
SP.

1. Fisioterapeuta, Doutora em Biologia Funcional/ Neurofisiologia-
Unicamp, Professora Adjunto III do curso de Fisioterapia da PUCMinas
Campus Poços de Caldas.
2. Fisioterapeuta, Doutor Child Development -University of Illinois
at Chicago, Pós-doutorado pelo Rush Medical Center e University of
Illinois at Chicago, Professor e diretor dos programas da New York
Institute of Technology (NYIT) no Brasil.

Endereço para correspondência:
Curso de Fisioterapia/Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Campus Poços de Caldas
Av. Pe. Francis C Cox, 1661
37701-355 Poços de Caldas, MG
Fone: (35) 3729-9243
E-mail: gillucioalmeida@gmail.com/ illucioalmeida@gmail.com/
regiluz@pucpcaldas.br

Recebido em: 13/12/07
Revisado em: 14/12/07 a 28/05/08
Aceito em: 29/05/08
Conflito de interesses: não

INTRODUÇÃO

Na última década os mecanismos envolvidos
no controle postural têm sido amplamente investigados.
A teoria de controle baseada em respostas reflexas
hierarquicamente organizadas e desencadeadas
por informações sensoriais independentes tem cedido
lugar a uma visão sistêmica, que enfatiza a múltipla
organização e interação neural. Esta nova visão
sugere que o controle postural emerge da interação
entre indivíduo, tarefa e ambiente, não podendo ser
mais visto como simples resposta reativa a um estímulo
sensorial, mas sim como uma habilidade baseada
na experiência, intenção e adaptação1.
O controle postural eficiente é fundamental
para o sucesso de grande parte das tarefas diárias. O
conhecimento dos aspectos neurológicos e biomecânicos
deste controle tem implicações diretas para a
fisioterapia, justificando a importância de uma revisão
que aborde a evolução deste conhecimento.

MÉTODO

Para este fim foram consultados os bancos de
dados Medline, Lilacs e Web of Science, com as seguintes
palavras-chave: postural control, sensorial system,
visual, vestibular, somatosensorial e cognitive. Para seleção
dos artigos inicialmente foi feita a leitura dos resumos
verificando seu enquadramento nos seguintes
critérios de inclusão: idioma português ou inglês,
período de 1993–2008, revisões sistemáticas sobre
controle postural e seus aspectos sensoriais e cognitivos
e estudos experimentais relacionados ao efeito da
manipulação das informações sensoriais e cognitivas
no controle postural. Foram selecionados 5 artigos
de revisão, 22 estudos experimentais e 2 capítulos de
livro para leitura na íntegra e inclusão nesta revisão.

RESULTADOS

O controle motor engloba aspectos aplicados
tanto ao controle do movimento quanto ao controle
postural2. O controle postural envolve a orientação
postural e o equilíbrio. A orientação postural é definida
como a habilidade de manter a relação apropriada
entre os segmentos corporais e o ambiente.
Depende do controle do alinhamento corporal e do
tônus em relação à gravidade, à superfície de suporte,
às referências internas e às informações sensoriais. Já
o equilíbrio postural se refere à habilidade de manter
a posição do corpo, especificamente do centro
de massa, dentro dos limites de estabilidade através
da inter-relação das várias forças que agem sobre o
corpo, incluindo a força de gravidade, dos músculos e inerciais. Pode-se dizer que a tarefa básica do equilíbrio
é a manutenção da estabilidade corporal tanto
em condição estática quanto dinâmica3.

O controle postural é considerado uma habilidade
motora complexa derivada da interação dos
sistemas neural e musculoesquelético. Os componentes
neurais envolvem o processamento motor, processamento
sensorial, representação interna e altos
níveis de processamento essenciais para os aspectos
adaptativos e antecipatórios do controle postural4.
Os altos níveis de processamento neural se referem
às influências cognitivas no controle postural como
atenção e motivação e não ao controle consciente
propriamente dito.

Os componentes musculoesqueléticos incluem
aspectos como a amplitude de movimento, flexibilidade,
propriedades dos músculos e relações biomecânicas
entre os segmentos. Os aspectos biomecânicos
são caracterizados pelas propriedades visco-elásticas
e pela configuração anatômica dos ossos, músculos e
articulações. Qualquer limitação de força, amplitude
de movimento, dor ou mesmo de controle dos pés
(base de suporte) irá afetar o controle postural3.

As informações dos múltiplos sistemas sensoriais
incluindo o somatossensorial, visual e vestibular
são integradas pelo sistema de controle motor
para orientar e alinhar a posição entre os segmentos
corpóreos e a sua localização em relação ao meio
externo5. A partir destas informações o sistema nervoso
elabora estratégias posturais que representam
soluções sensório-motoras para o controle da postura
incluindo não apenas sinergias musculares, mas
também padrões de movimentos articulares, torques
e forças de contato6,7.

A interação dos sistemas sensoriais não resulta
de uma simples convergência, mas sim de transformações
apropriadas e coordenadas. Cada canal
sensorial tem qualidades diferentes em termos de resolução
e importância, sendo que a fidedignidade de
uma informação pode alterar a confiabilidade de outra8.
Quando o ambiente sensorial é alterado, ocorre
a readequação da dominância das informações sensoriais
para minimizar os conflitos9. Vários estudos
têm investigado o efeito da manipulação sensorial e
sua relação com o controle postural.

Visão

A função básica da visão é orientar a posição e
movimento da cabeça em relação ao ambiente, sendo
que em condições estáticas as aferências visuais
reduzem a oscilação corporal em aproximadamente 50%10. Para Vallis et al.11, além de sua função básica,
a visão desempenha um papel fundamental na estabilização
tardia das correções posturais e no planejamento
de reações antecipatórias.

O papel das informações visuais na estabilização
postural parece aumentar durante a permanência
em superfícies instáveis, durante a aquisição de
uma habilidade motora e em pacientes com desordens
vestibulares12,13.

As informações visuais podem ser facilmente
manipuladas pela movimentação do cenário, oclusão
ou por estímulos optocinéticos14,15.

Informações somatossensoriais

O sistema somatosensorial difere de outros
sistemas por apresentar receptores pelo corpo e não
concentrados em locais especializados e por responder
a vários estímulos que se agrupam em quatro categorias:
toque, temperatura, dor e propriocepção9.
Os receptores proprioceptivos têm especial relação
com o controle postural por informarem continuamente
ao SNC a posição de cada segmento corpóreo
em relação a outro possibilitando a representação da
geometria estática e dinâmica do corpo9. A importância
da propriocepção para a manutenção da postura
fica evidente pelas conseqüências clínicas desastrosas
observadas em indivíduos com déficits nesta
modalidade sensorial16.

Existem evidências do predomínio destas informações
na manutenção do equilíbrio em superfícies estáveis17.
Nesta condição, o risco de queda é vinte e três
vezes maior em portadores de neuropatia periférica18.

A propriocepção pode ser manipulada por várias
técnicas como bloqueio isquêmico dos músculos,
anestesia local e vibração dos tendões musculares. A
utilização limitada da isquemia e anestesia se deve
ao efeito não seletivo e de curta duração. A vibração
muscular altera a orientação postural por ativar as
aferências fusais produzindo uma situação de ilusão
da posição do membro. Como resultado da ativação
fusal observa-se a contração muscular19.

Informações vestibulares

O sistema vestibular envia informações sobre a
orientação da cabeça detectando as variações temporais
das velocidades angular e linear9. O papel das informações
vestibulares no controle das respostas posturais
tem sido muito debatido. Day et al.20 defendem
a premissa de que as informações vestibulares desempenham
um pequeno papel na manutenção de posturas
estáticas. Por outro lado, a redução das aferências vestibulares levam a déficits consideráveis no controle
de tarefas complexas como a locomoção e o balanço
em plataforma sinusoidal, indicando sua grande importância
em situações de natureza dinâmica21.

As informações vestibulares podem ser manipuladas
pela aplicação de estimulação galvânica (EGV).
A aplicação de corrente galvânica nos processos mastóideos
despolariza o nervo vestibular e aumenta a
freqüência de disparo dos aferentes vestibulares do
lado do cátodo e diminui do lado do ânodo, resultando
em uma oscilação corporal para o lado do ânodo21.
A EGV permite avaliar os efeitos primários das informações
vestibulares na postura já que outras técnicas,
como a rotação cefálica, ativam simultaneamente as
aferências proprioceptivas cervicais22.

A mesma estimulação vestibular resulta em
respostas posturais diferentes dependendo do nível
de ativação dos sistemas somatossensorial e visual, indicando
a existência de uma ampla integração intersensorial5,17.
Por exemplo, a oscilação decorrente da
EGV é menor quando as informações visuais estão
disponíveis e maior durante a permanência em uma
superfície de espuma ou plataforma de translação23.

Processamento cognitivo

A relação entre atenção e controle postural é
uma área nova e crescente de estudo que tem revelado
aspectos importantes do papel do processamento
cognitivo no controle postural. O método mais utilizado
para este fim é o paradigma de duas tarefas,
no qual o controle postural (considerado como tarefa
primária) e uma tarefa secundária são realizados
concomitantemente4.

Ebersbach et al.24 analisaram o efeito de tarefas
concorrentes [retenção de memória (repetir seqüência
de números) e execução de movimento fino (abrir
e fechar botão)] no controle postural durante o movimento
(marcha) e observaram uma piora durante
a execução da dupla tarefa. Lajoie et al.25 compararam
o tempo de resposta a um estímulo sonoro em
diversas posições: sentado, em pé e sobre uma barra
estreita. Descobriram que quanto maior a dificuldade
de manutenção da postura requerida, maior era o
tempo de resposta ao estímulo sonoro. Estes achados
indicam que a instabilidade postural aumenta o tempo
necessário para realização de uma tarefa cognitiva
e prejudica a sua performance. Para Woollacott et
al.4 a necessidade de atenção para o controle postural
depende da complexidade da tarefa.

Avançando para clínica, Horak3 sugere que a
ocupação com uma segunda tarefa pode resultar em processamento cognitivo insuficiente, levando a quedas
em pacientes com distúrbios neurológicos.

Estratégias Posturais

Estudos de controle motor levaram ao conceito
de sinergias musculares e estratégias posturais.
As sinergias podem ser definidas como padrões de
atividade muscular em resposta a perturbações, organizadas
centralmente de forma a simplificar o
controle do movimento. As estratégias posturais incluem
não apenas as sinergias musculares, mas também
padrões de movimento, torques articulares e
forças de contato. As estratégias posturais também
são descritas como respostas posturais automáticas
coordenadas26.

São três as principais estratégias utilizadas
para retornar o corpo à posição de equilíbrio3.

Estratégia do tornozelo, na qual o corpo se move
ao nível do tornozelo como um pêndulo invertido.
É utilizada para manutenção do equilíbrio frente a
pequenas oscilações3.

Estratégia do quadril, que é utilizada quando a
base de suporte se torna menor e mais instável. Os
movimentos que fazem parte da estratégia do quadril
são centrados nesta articulação e se caracterizam
pela ativação precoce da musculatura proximal do
tronco e quadril3.

Estratégia do passo, que é utilizada em grandes
perturbações para evitar a queda, sendo caracterizada
pela ativação inicial dos abdutores do quadril e
co-contração do tornozelo3.

Para Horak et al.1, as estratégias emergem do
processamento neural para fornecer um plano de
ação baseado nos objetivos, no contexto ambiental,
e particularmente na atividade ou tarefa. São organizadas
no espaço e no tempo para produzir forças
efetivas que contraponham o distúrbio. Indivíduos
sem comprometimento neurológico modulam a
magnitude de sua resposta postural automática com
a magnitude do distúrbio. Com a exposição repetida
a distúrbios inesperados às estratégias posturais, que
inicialmente são executadas com ativação muscular
excessiva, apresentam uma redução na magnitude
de sua resposta27.

O conceito de estratégia postural também pode
ser aplicado às respostas posturais antecipatórias. A
aquisição destas implica na transformação de correções
posturais compensatórias em antecipatórias. O
modelo geral para esta transformação envolve um sistema
adaptativo que constrói uma imagem interna do distúrbio a ser minimizado. Os ajustes posturais antecipatórios
dependem da experiência prévia26.

Indivíduos com pobre coordenação das respostas
posturais automáticas demonstram maior
instabilidade em resposta a distúrbios externos. Já
indivíduos com pobre coordenação das reações antecipatórias
desequilibram mais com seus próprios
movimentos1.

Implicações práticas

O conhecimento da organização sensorial
e cognitiva e de aspectos específicos das estratégias
posturais pode ajudar na compreensão do controle
postural e de suas disfunções. A avaliação do controle
postural deve permitir a quantificação da capacidade
funcional do paciente, assim como das alterações
específicas que comprometem seu controle postural.
Deve abranger as características sensoriais, especificidades
das estratégias posturais, assim como fatores
relacionados à atenção. Medidas simples do equilíbrio
podem não identificar as limitações do processo
sensório-motor responsáveis pelo descontrole postural,
como, por exemplo, os problemas na organização
temporal das estratégias posturais observados
em vários pacientes com distúrbios neurológicos1.
Dentre estes problemas destacam-se a lentidão no
início da resposta postural e a seqüência temporal
reversa de ativação dos músculos posturais28.

Outras limitações específicas podem estar
relacionadas à dificuldade de adaptação das estratégias
posturais às alterações ambientais, ou mesmo
às restrições músculo-esqueléticas como fraqueza e
inabilidade de gerar força suficiente para contrapor
um distúrbio postural3. O processamento sensorial
também tem grande influência do controle postural
e, quando inadequado, pode prejudicar o desenvolvimento
de modelos internos precisos do controle
postural, comprometer a capacidade de adaptação e
prejudicar a habilidade de antecipação26.

A identificação de déficits posturais específicos
pode auxiliar a reabilitação, aumentando as chances
de sucesso. A latência das respostas posturais pode
ser trabalhada com estimulações sensoriais que aumentem
a excitabilidade dos motoneurônios e facilitem
seu disparo26. A ordem de recrutamento muscular
pode ser trabalhada com feedback29. A capacidade
de adaptação aos distúrbios pode ser estimulada pela
exposição repetida a perturbações de várias amplitudes,
assim como pela variação da precisão das informações
sensoriais26.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O controle da postura depende de uma complexa
interação entre o sistema neural e músculo-esquelético.
O sistema nervoso utiliza as informações
sensoriais na elaboração de comandos motores capazes
de recuperar o equilíbrio. Estes comandos são
modulados pelas características sensoriais e também
por mecanismos relacionados à atenção, experiência
e contexto. O sucesso do controle postural depende
da flexibilidade e adaptação da organização sensorial
e das estratégias de manutenção do equilíbrio.
O fisioterapeuta deve acompanhar os avanços do
conhecimento nesta área e estar atento a todos os fatores
capazes de influenciar o controle postural, pois
só assim será capaz de direcionar adequadamente a
intervenção terapêutica.

REFERÊNCIAS

1. Horak FB, Henry SM, Shumway-Cook A. Postural perturbations:
new insights for treatment of balance disorders. Phys Ther 1997;77(Suppl
5):517-33.
2. Massion J. Postural systems in developmental perspective. Neurosci
Biobehav Rev 1998;22(4):465-72.
3. Horak FB. Postural orientation and equilibrium: what do we need
to know about neural central of balance to prevent falls. Age and Ageing
2006;35:117-21.
4. Woollacott M, Shumway-Cook. Attention and the control of posture
and gait: a review of an emerging area of research. Gait and Posture
2002;16:1-14.
5. Bacsi AM, Colebatch JG. Evidence for reflex and perceptual vestibular
contributions to postural control. Exp Brain Res 2005;160(Suppl)
1:22-8.
6. Krishnamoorthy V, Latash ML, Scholz, JP, Zatsiorsky VM. Muscle
synergies during shifts of the center of pressure by standing persons. Exp
Brain Res 2003;152:281-92.
7. Ting LH. Dimensional reduction in sensorimotor systems: a framework
for understanding muscle coordination of posture. Prog Brain
Res 2007;165:299-321.
8. Lackner JR, DiZio P. Vestibular, proprioceptive, and haptic contributions
to spatial orientation. Annu Rev Psychol 2005;56:115-47.
9. Mochizuki L, Amadio AC. As informações sensoriais para o controle
postural. Fisioter Mov 2006;19:11-8.
10. Sasaki O, Usami S, Gagey P, Martinerie J, Quyen M, Arranz P.
Role of visual input in nonlinear postural control system. Exp Brain Res
2002;147:1-7.
11. Vallis LA, Patla AE, Adkin AL. Control of steering in the presence
of unexpected head yaw movements. Exp Brain Res 2001;138:128-34.
12. Redfern MS, Yardly L, Bronstein PA. Visual influences on balance.
J Anxiety Disord 2001;15:81-94.
13. Pozzo T, Levik Y, Berthoz A. Head and trunk movements in the
frontal plane during complex dynamic equilibrium tasks in humans. Exp
Brain Res 1995;106(Suppl 2):327-38.
14. Kuo AD, Speers RA, Peterka RJ, Horak FB. Effect of altered sensory
conditions on multivariate descriptors of human postural sway. Exp
Brain Res 1998;122(Suppl 2):185-95.
15. Tanahashi S, Ujike H, Kozawa R, Ukai K. Effects of visually simulated
roll motion on vection and postural stabilization. J Neuroeng
Rehabil 2007;9(4):39.
16. Nardone A, Grasso M, Schieppati M. Balance control in peripheral
neuropathy: are patients equally unstable under static and dynamic conditions?
Gait Posture 2006;23(3):364-16.
17. Mergner T, Huber W, Becker W. Vestibular Neck interaction and
transformation of sensory coordinates. J Vest Res 1997;7:347-67.
18. Richardson JK, Hurvitz EA. Peripheral neuropathy: a true risk factor
for falls. J Am Geriatr Soc 1992;40:1008-12.
19. Michel-Pellegrino V, Amoud H, Hewson DJ, Duchene J. Identification
of a degradation in postural equilibrium invoked by different vibration
frequencies on the tibialis anterior tendon. Conf Proc IEEE Eng
Med Biol Soc 2006;1:4047-50.
20. Day BL, Cauquil A, Bartolomei L, Pastor MA, Lyon IN. Human
body segment tilts induced by galvanic stimulation: a vestibularly driven
balance protection mechanism. J Physiol 1997;500:601-72.
21. Peruch P, Borel L, Gaunet F, Thinus-Blanc G, Magnan J, Lacour M.
Spatial performance of unilateral vestibular defective patients in nonvisual
versus visual navigation. J Vestib Res 1999;9(Suppl 1):37-47.
22. Fitzpatrick RC, Day BL. Probing the human vestibular system with
galvanic stimulation. J Appl Physiol 2004;96:2301-16.
23. Horak FB, Hlavacka F. Somatosensory loss increases vestibulospinal
sensitivity. J Neurophysiol 2001;86:575-85.
24. Ebersbach G, Dimitrijevic MR, Poewe W. Influence of concurrent
tasks on gait: a dual task approach. Percept Mot Skills 1995;81:107-13.
25. Lajoie Y, Teasdale N, Bard C, Fleury M. Attentional demands for
static and dynamic equilibrium. Exp Brain Res 1993;97:139-44.
26. Shummway-Cook A, Woollacott M. Motor Control: theory and
practical applications. Baltimore: Williams &Wilkins, 1995, pp. 119-41.
27. Horak FB. Adaptation of automatic postural responses. In: Bloedel
J, Wise SP. Acquisition of Motor Behavior in Vertebrates. Catabridge:
MIT Press, 1996, pp. 57-85.
28. Aruin AS, Almeida GL. A. coactivation strategy in anticipatory
postural adjustments in person with Down Syndrome. Motor Control
1997;1:178-91.
29. Di Fabio RP, Badke MB, MaEoy A, Ogden E. Kinematic properties
of voluntary sway in patients with unilateral primary hemispheric
lesions. Exp Brain 1990;5(Suppl 13):248-5.

Fonte:http://www.unifesp.br/dneuro/neurociencias/252_revisao.pdf

Nenhum comentário:

Postar um comentário